domingo, 25 de dezembro de 2011

LEMBREMO-NOS DE NICODEMOS


Achei muito interessante a abordagem que a Igreja Católica usou para anunciar suas mensagens de Natal. Usou-se muito o tema “renascimento,” ao invés de nascimento. Realmente, o evento do nascimento aconteceu uma só vez, claro. Então, comemorar o Natal como uma proposta de renascimento a todos nós é muito mais convidativo.

Lembremo-nos de Nicodemos, quando este ouviu do Próprio Cristo a proposta de renascimento. Hoje, graças à nossa evolução espiritual – mesmo admitindo ser ainda pequena -, não se justifica ficarmos confusos como ficou o nobre discípulo naquela época. Dessa forma, sugiro a todos que são, ou que se dizem Cristãos, aproveitar o verdadeiro espírito de Natal e abraçar com fé alguma proposta de mudança no comportamento. De preferência, alguma atitude voltada ao próximo. Afinal, esta questão do próximo nos é constantemente lembrada por Jesus.

Assim, aproveito o tema do renascimento, para desejar a todos um Natal rico em harmonia e que todos possam renascer na Luz e na Misericórdia de Deus. Que tenhamos ações e atitudes positivas em relação aos irmãos e à vida, pois precisamos ser elementos de transformação no mundo. Assim nos ensinam os Evangelhos.

Aos que seguem este blog e àqueles que não cessam de orar por mim, estejam certos, gostaria de abraçar a todos. Porém, devido à impossibilidade desse gesto, peço ao Pai do Céu que retribua a vocês o dobro de bênçãos desejadas a mim. Acreditem, as orações emanadas de vocês chegam ao Céu e são acolhidas pelo Altíssimo; e isso tem mantido minhas esperanças e minha vida. De coração, muito obrigado a todos e, se for possível, continuem com esta corrente de orações; será saudável espiritualmente para mim e para você.

Sejamos  o Sal do mundo!

Feliz 2012 a todos.



Gilberto Lobato

sábado, 29 de outubro de 2011

CICLOS DA VIDA

CICLOS DA VIDA

“Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?”


Há alguns anos atrás, Dr. Olinto, cidadão formiguense que trabalha com essências e florais, além de ser uma pessoa que possui grande simpatia e respeito da sociedade formiguense, nos brindava também com interessantes artigos, publicados no principal jornal de nossa cidade.

Articulista de grande potencial e sabedoria, nos oferecia, além de informações sobre elementos naturais, textos repletos de mensagens otimistas, enriquecidos com conceitos filosóficos que nos convidavam a reflexões sobre fatos que permeiam nossa rotina diária.

Inesperadamente, Dr. Olinto surpreendeu a todos com a notícia de que sua permanência em Formiga chega ao fim. Segundo ele, depois de um determinado tempo em nossa vida, seja exercendo um trabalho ou atividade filantrópica, torna-se necessário parar. Precisamos dar um “stop”, fazer um balanço das ações desempenhadas e analisar se houve crescimento ou retrocesso.

Porém, o que mais me chamou a atenção é que, segundo ele, este ciclo que terminou deve ser finalizado de maneira categórica, e o próximo projeto tem que ser executado de preferência em outro lugar. Sugeria inclusive a opção de mudar a atividade.

Não sei por onde anda Dr. Olinto. Deve está por aí, colaborando com alguma comunidade em algum lugar, dividindo seus conhecimentos com a sociedade. O que sei é que estou usando de sua  sabedoria para respaldar  decisões que serão tomadas com relação aos ciclos e às etapas da minha vida.

Hoje vendi minha câmera fotográfica. Desfiz-me da principal ferramenta que me fazia ser fotógrafo. Já não era mais uma máquina “top de linha”, mas estar com ela significava uma possibilidade – ainda que remota - de retorno ao glamour do mundo da fotografia.  Estou chateado, sim. Talvez até sem razão, porque já havia me desfeito de outros elementos  importantes, como o estúdio, peças que compunham  um ponto comercial fotográfico.

O fato é que já faz muito tempo que não exerço e nem pratico os exercícios que levam o fotógrafo a capturar artisticamente o assunto escolhido. Somem-se os meses sem postagens, neste blog, de assuntos relativos à fotografia.  Apesar de o meu afastamento ser justificado, sinto certo desconforto por não estar cumprindo meu papel de “blogueiro fotográfico”  de maneira satisfatória.

Acho que Dr. Olinto tem razão com relação a esse assunto sobre ciclos da vida. Na minha trajetória, acabei por mudar radicalmente algumas vezes. Quando jovem, ingressei na Polícia Rodoviária. Claro que não achava que fosse uma temporada e sim algo “para sempre”. Devido às agruras da vida militar, e depois de certo tempo de funcionalismo, mudei completamente de rumo. Contrariando a lógica atual, abri mão da estabilidade e da segurança oferecida pelo serviço público e, sem hesitar, fechei aquele ciclo.

Resolvi abraçar o universo que o setor de vendas oferecia. Fui vendedor durante alguns anos e mais tarde alcancei o cargo de supervisor. Depois de alguns anos aconteceu mais um fechamento de ciclo. É verdade que nesta última mudança houve influência de outros fatores como a mudança da família, retornando para esta cidade.

Tornei-me fotógrafo profissional. Nesse novo caminho, pesaram certo conhecimento que já possuía como praticante apaixonado de fotografia amadora. Iniciei novo caminho, totalmente diferente do outro.

Fotografia é a atividade que mais marcou meu trabalho e ainda enriquece minha vida. Constitui o melhor dos ciclos por mim empreendido. O trabalho com a fotografia foi o que mais incentivou meu crescimento em relação à família, à sociedade e à comunidade próxima. O contato mais profundo com esta arte contribuiu para que minha sensibilidade aflorasse e a relação com os outros fosse amadurecida. Além da evolução do respeito mútuo, os compromissos eram executados com alto profissionalismo, resultando na satisfação dos clientes e do profissional.

Entretanto, caros amigos, este ciclo também chegou ao fim. Chegou a hora de tomar coragem e registrar o final desta era. Não consigo mais produzir fotografia e não me julgo mais capaz de me atualizar sobre o assunto. Consequentemente, o blog ficaria cada vez mais carente de informações e material específico sobre o assunto.

Na atual conjuntura, faz se necessário encarar meu novo ciclo que, como os outros, é totalmente diferente dos anteriores.  Por ora, devido ao conjunto de acontecimentos que envolvem minha saúde, torna-se importante me dedicar exclusivamente aos meus tratamentos.


Continuarei postando informações minhas e dividindo emoções e experiências. Se alguém quiser saber como estão indo as coisas em relação a mim, é só continuar acessando o mesmo endereço.  O layout do blog irá mudar devagar para um visual diferente, de uma forma que vá se descaracterizando em relação ao último ciclo, ou seja: a fotografia.

Sinto-me totalmente realizado no trabalho exercido na profissão de fotógrafo. Agradeço ao apoio que recebi de todos. O blog foi um sucesso e o feedback foi registrado quase sempre no espaço dedicado aos comentários. O blog foi a coroação do antigo ciclo.


Importante ressaltar que, apesar de tratar de assuntos difíceis, o novo perfil do blog não terá características tristes - nem pretende ser objeto de divulgação dos acontecimentos vividos por mim. O que pretendo é continuar me comunicando com os amigos que já possuo, adquirir novas amizades e podermos crescer juntos, nos apoiando mutuamente.


Abraço a todos os que foram meus clientes e a todos que são leitores. A partir de agora, declaro aberto o novo ciclo. Abraço especial aos 26 seguidores que registraram seu perfil.

Obrigado pelos quase 6000 acessos registrados até hoje

Assim como comecei, encerro este“post” com um texto de Fernando Pessoa, que vale a pena ser lido:

Abraços a todos,

Gilberto Lobato - 29/10/2011 - Fim de Ciclo.
 
                                                                                                        Ciclos da Vida  
                                                                                                            Fernando Pessoa





"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrar ciclos, fechar portas, terminar capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outra cidade? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer a si mesmo que não dará nem mais um passo, enquanto não entender as razões que levaram certas coisas que eram tão importantes e sólidas em sua vida, a serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, seus irmãos. Todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará. Não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!), destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração, e o desfazer-se de certas lembranças, significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto, às vezes ganhamos, e às vezes perdemos... Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu génio, que entendam o seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso estará apenas o envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não tem data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante encerrar ciclos, não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e transforme-se em quem é. Torne-se uma pessoa melhor e assegure-se em quem é. Torne-se uma pessoa melhor e assegure-se de que sabe bem quem é antes de conhecer alguém e de esperar que ela veja quem você é.
E lembre-se: tudo o que chega, chega sempre por alguma razão."






sábado, 16 de julho de 2011

AFINAL... DO QUE RECLAMO?

Pneumonia; desta vez foi ela a responsável por oito dias de hospital e uma recuperação domiciliar que dura até hoje. Tanto tempo sem postar se deve ao fato deste restabelecimento. Outro motivo é a névoa que insiste em me rodear. Depressão? Não, não é depressão. Não aceito depressão. É apenas névoa... porém, espessa o bastante para esconder o horizonte.

Não posso reclamar, reclamar de nada. Definitivamente tenho tudo que peço do Alto e muito mais. Se peço ao Céu que me dê forças para transpor os obstáculos impostos, não tenho razão para temer a névoa. Acredito que a fumaça que me impede de ver o horizonte seja nuvem passageira. Logo estarei vendo e sonhando novamente com montes longínquos e futuros possíveis.

Continuo feliz e mantendo o sorriso. Porém, às vezes sinto que o cerco está se fechando. As notícias dos diversos resultados dos meus exames vão aparecendo e vão sendo absorvidas pela mente. Existem momentos em que chego a pensar que meu corpo inteiro conspira contra ele próprio. Mas, além do meu equilíbrio, que até agora me coloca de pé, existe uma multidão que me ajuda a andar para frente.

Minha esposa Elzi, mulher de fibra e guerreira, recebe todas as más notícias a meu respeito em primeira mão. Me transmite de uma forma pouco impactante e nunca deixa transparecer desespero ou desânimo em relação aos meus problemas. É uma grande esposa!

Meu filho Arthur, consegue prosseguir os estudos na faculdade, apesar das constantes más notícias sobre minha saúde. Lucas, o caçula, leva sua vidinha bem humorado, mas sempre querendo saber sobre os meus problemas. Quando a coisa aperta e o pior pode acontecer, toda verdade do que está por vir é contada a ele sem rodeios. Achamos que a verdade é melhor forma de lidar com esta situação, apesar de procurarmos proporcionar a ele uma vida normal.

Meu Pai: este não me deixa nunca. Faz questão de estar do meu lado em todos os momentos. Ele nos hospitais, nas viagens e na minha casa, enquanto minha mãe segura nas orações com pensamento fixo na minha recuperação. São de ouro. Os dois. Quanto aos meus irmãos, seguem a mesma linha, estão fechados comigo.

Não menos importantes tenho os parentes e amigos. Estes ficarão para um próximo “post”, pois são muitos e não quero me esquecer de ninguém.

Então meus amigos, é como eu disse no início: reclamar de quê?

Bom final de semana a todos.

Gilberto.



sábado, 28 de maio de 2011

ALTARES


UM OLHAR MONOCROMÁTICO

Alguns altares de igrejas de Formiga e Regiâo


Igreja Matriz de Bambui - MG


Pintura acima do altar na Igreja Matriz de Pedra do Indaiá - MG


Altar mor da Igreja Matriz São Vicente Férrer em Formiga - MG


Altar da igreja Matriz de Arcos - MG


Altar da Capela Santa Terezinha em Formiga - MG


Altar mor da Igreja Matriz de Pedra do Indaiá - MG


Altar da Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus em Formiga - MG


Vitral e altar da Igreja Matriz de Córrego Fundo - MG




sexta-feira, 15 de abril de 2011

BENDITO CÂNCER QUE ME ACOMPANHA


                  PARTE II


“Meu câncer é meu vizinho”.

Não. Esta frase não é minha. Peguei emprestado de David Servan, que, em entrevista a uma revista, assim explicou sua relação com a doença. A revista é de 2008, por isso não sei de sua condição hoje. Mas o fato é que sua entrevista mostrava uma relação com a doença parecida com a que eu mantenho. Nossas experiências se assemelham tanto no que se refere ao tipo da doença quanto ao modo se conviver com ela.

Ao se referir ao câncer como seu vizinho, disse:

Se eu mantiver o terreno saudável, eu e minhas células cancerosas  continuaremos a viver como bons vizinhos por um tempo, talvez um    longo tempo”.

Relutei um pouco em registrar esta segunda parte do texto, porque achei que a primeira parte ficou muito extensa e isso pode ter contribuído para que a leitura ficasse cansativa. Preocupa-me um pouco o fato de que o teor do texto tenha despertado nos leitores um sentimento de dó ou piedade. Afirmo que este não é o objetivo das postagens, nem tampouco tenho a intenção de passar uma imagem de uma pessoa especial, dotada de mais equilíbrio que as outras ou coisa parecida. Porém, as manifestações de carinho que recebi por e-mail e pelo blog, me fizeram passar por cima das indagações e continuar com o relato, pois meu objetivo é levar alguma mensagem positiva aos outros.

Queridos, a experiência de ficar cara a cara com a morte nos traz a confirmação do quanto a vida é preciosa. Viver a rotina da vida longe dos problemas – principalmente os de saúde -, às vezes nos impede de ver a beleza de viver. Parece que não sobra tempo para se contemplar as coisas básicas, mas que são de suma importância. Não há tempo para sentirmos nossa pulsação e ouvirmos nossa respiração. Poucos valorizam o ar respirado. Esquecemo-nos da gratuidade do oxigênio que nos permite viver e da água que jorra com fartura no planeta - por enquanto. Muitos só se lembram disso no quarto de um hospital.

A desculpa é de que a vida é corrida! Ainda mais nesses tempos de revolução digital e de informação a jato. Ainda na infância, a agenda já está cheia: As crianças começam o dia com carga pesada em tarefas do colégio; logo após tem futebol, natação ou karatê. Almoçam rápido, pois não podem chegar atrasado ao colégio. Depois da aula têm dentista, aula de xadrez ou outra atividade. Alguns ainda fazem inglês, informática, coral, kumon, balé etc. Será que isto está certo? Será que nossas crianças precisam disso tudo? Na minha época e da maioria de vocês não, e nem por isso somos incapazes...

A vida desenfreada continua na fase adulta, com a pressão cada vez maior pelo sucesso e boa aparência.

A lição é esta: Não perca tempo com bobagens e com o que faz mal à saúde e/ou à alma, a vida é extremamente rica se soubermos escolher nossos caminhos, buscando emoções saudáveis. Importante trabalhar no que nos dê prazer. Trabalhar insatisfeito provoca doenças. Não esqueçamos dos sonhos que tínhamos a realizar e foram deixados para trás.

O corre-corre da vida nos força a adotar um sistema de praticidade com as tarefas e responsabilidades do cotidiano. Em nome dessa praticidade nos deixamos levar pelas armadilhas da acomodação. Este tipo de vida quase sempre vem acompanhado de vícios e sedentarismo. Sugiro que façamos uma pausa para meditarmos sobre a vida, sobre os verdadeiros valores, sobre o que realmente é importante e prioritário para nossa existência e o que precisamos para sermos felizes com consciência.

Como disse no início do texto, não permita que uma doença qualquer se instale em você para começar a valorizar as coisas vitais. Invista mais nas pequenas coisas do dia a dia. Importante respeitar os outros, principalmente os mais humildes. Seguir um credo é fortalecedor, mas é necessário respeitar a religião dos outros.

Por incrível que pareça, aprendi muito sobre a essência de ser cristão com um amigo ateu, cuja vida é pautada por exemplos de cidadania, fraternidade e ética. Infelizmente, pessoas assim não encontro com facilidade nem dentro da minha própria igreja.

Antes eu defendia a idéia que o ser humano nasceu para brilhar, que devíamos buscar a felicidade a todo custo. O sofrimento me mostrou outro caminho. As horas de solidão impostas pela doença me fizeram ver que a busca da felicidade não pode se dar a qualquer custo. Quando buscamos a felicidade em primeiro lugar, ou o prazer imediato, a única coisa que conseguimos enxergar é nosso próprio umbigo. Precisamos cuidar para não passar por cima dos outros, ou de suas necessidades. Para alcançarmos nossos ideais, corremos o risco de magoar as pessoas, principalmente os mais próximos. Portanto, tenhamos cautela na busca da felicidade.

Se a doença insistir em se instalar, então não adianta se desesperar. Se o desespero e angústia vierem, chore, mas depois erga a cabeça e enfrente a situação. Algumas pessoas sentem vergonha de estarem doentes, achando que isso a diminuiria perante os outros. Não entendo que esta seja a atitude correta. Dividir as experiências, com humildade, pode nos ajudar a viver melhor e talvez até ajudar outras pessoas.

Costumamos achar que nosso problema é sempre maior que o dos outros. Mas no cotidiano dos hospitais é que vemos quantas pessoas sofrem mais do que nós. Crianças, jovens que teriam uma vida pela frente, sem praticamente qualquer expectativa de realizar seus sonhos, com dores insuportáveis, buscando tratamentos que causam mais sofrimento que a própria doença; mães acompanhando o calvário dos filhos, sem nada poder fazer.

Enfim, o que tenho feito é viver um dia de cada vez. Em geral, o dia seguinte é pior que o anterior para quem tem este tipo de doença. Mas, se ela me dá uma trégua, nem que seja pequena, aproveito cada momento. Estou estudando (na Federal), fazendo um curso à distância, de Administração Pública. Brinco dizendo que talvez ele possa me ser útil para ajudar a administrar “ o céu.”

Tento fazer do câncer “um bom vizinho.” Como disse a Elzi, entre uma trombose e outra – e essa última foi forte-, uma internação e outra, escrevo, leio, rezo, trabalho quando consigo, planto árvores... Uso a tecnologia para me manter ligado. Tento rir da situação (que às vezes é engraçada mesmo...) choro quando fica muito difícil. Aproveito a presença de meus filhos e agradeço a Deus por eu, e não um deles, estar doente.

Quero ser lembrado como uma pessoa feliz, não como uma pessoa doente. E tento me preparar para o que todos nós (e você também, leitor) teremos que viver um dia: a partida para um lugar ou estágio melhor - ou pior, dependendo de como levarmos nossa vida.

Espero que tenha conseguido me fazer entender quando comecei o outro relato me referindo ao câncer que me assola como “bendito”. Foi desta maneira, foi da forma mais brutal que entendi os verdadeiros valores e o sentido da vida. Apesar de católico, esforcei-me para não dar uma conotação religiosa ao texto, por isso não vou entrar aqui na questão da salvação espiritual que este tema reflete. Este assunto merece um post dedicado somente a isso.

Mais uma vez eu digo que hoje minha felicidade é mais autêntica que a de antes. Valorizo mais a vida, minha família e meus amigos.

Obrigado, meu Deus, por minha vida. Obrigado por ela ser exatamente como ela é, porque foi desta forma que consegui entender Sua mensagem e me sentir mais próximo do eterno.

Muito obrigado, de coração, a todos que me mandaram mensagens positivas, que oram por mim, independentemente de religião, e que me apóiam nessa caminhada.

Finalizo esta postagem com a música "Epitáfio". Maravilhosa composição de Sérgio Britto, eternizada na interpretação dos "Titãs". Esta música é um convite para uma meditação a respeito do “corre- corre” da vida.




Abraços a todos.

Gilberto Lobato





sábado, 19 de março de 2011

MANIFESTAÇÕES DE CARINHO E APOIO



Abro um espaço entre uma postagem e outra para agradecer as várias manifestações de carinho que tenho recebido. As pessoas comentam o lado positivo do texto e demonstram apoio e solidariedade. Também recebi diversos  telefonemas e emails me dando força e esperança.
De minha esposa e grande companheira, Elzi, recebi um email que me emocionou. Como era extenso para ser incluído como comentário, resolvi colocá-lo como postagem. Trata-se de uma mensagem que fala sobre os desafios de quem está mais próximo do problema.  Só quem está ao lado, literalmente, sabe dimensionar as dificuldades vividas por quem sofre problemas de saúde. Sugiro a todos que possuem a graça de ter alguém assim, realmente junto, que valorizem essas pessoas e saibam agradecê-las. Estas, não estão doentes, mas  sofrem igual ou mais que o enfermo.

A você Elzi, muito obrigado por tudo.

Gilberto



                                                                                                                  Email recebido dia 15 Mar 2011
De: Elzi
Para: Gilberto
                       Gil:

       Lendo o texto em que conta sua experiência com a doença, me lembrei de tudo o que passamos nos últimos anos, em que ela acompanhou não somente você, mas toda nossa família.

       Sofremos muito. Nem mesmo sabíamos, naquela época, 1996, o que fazia um nefrologista. Soubemos pela pior forma. Além da terrível conseqüência do uso do medicamento – o desgaste no osso da perna, que na verdade foi o problema o que mais lhe trouxe dores – tivemos que enfrentar o fato de que a doença era irreversível.

       Não vou me esquecer nunca da imagem do Arthur, com apenas seis anos, em 1998, de máscara, dormindo enquanto esperava você fazer a diálise peritoneal, que exigia cuidados radicais com higiene.

       Lembro-me da longa espera pelo transplante, das vezes em que nos enchemos de esperança pela possibilidade de um rim compatível e da decepção da negativa. De sua tristeza e frustração por ter que deixar um trabalho do qual gostava tanto.

       Lembro-me também da sua coragem ao construir nossa casa, alternando quatro sessões de diálise peritoneal com o cansativo trabalho de planejar e acompanhar cada detalhe da construção.

       Lembro-me da exaustiva espera, de mais de 07 horas, na porta da sala de cirurgia, quando finalmente pôde ser feito o transplante. Da vigília na porta do CTI, das orações, de madrugada, para que o novo rim funcionasse. E da alegria quando isso aconteceu.

       O período de tranqüilidade que se sucedeu foi cheio de realizações, quando pudemos trazer ao mundo essa criança iluminada que é o Lucas, quando você pôde se aperfeiçoar na fotografia e fazer o trabalho que tanto lhe trouxe realização pessoal.

       Tranqüilidade perturbada pela notícia do câncer no rim, em 2005, com outra espera, desta vez de mais de 09 horas de cirurgia, além das complicações posteriores.

       Em 2008, a notícia da volta do câncer, já com metástases. Nova cirurgia, nova espera, novos sofrimentos. A informação de que não havia tratamento para este tipo de câncer “tirou nosso chão”, obrigando-o a abandonar outro trabalho pelo qual era verdadeiramente apaixonado.

       Não querendo acreditar na terrível afirmação, buscamos, em longas viagens, a esperança de uma cura que parecia cada vez mais distante.

       Depois de outras cirurgias realizadas ( algumas canceladas dentro do próprio centro cirúrgico, após toda a angústia da preparação para cada uma delas) nova esperança com o medicamento que conseguimos através da Justiça. Novo sofrimento com os gravíssimos efeitos colaterais.

       Nem vou me ater às diversas internações, por causa das tromboses, com as dores e dificuldades que acarretam.

       Um dos piores momentos foi quando, há um ano, você foi para Belo Horizonte, praticamente em coma, com os piores prognósticos e praticamente sem nenhuma esperança. Não foi possível evitar a conversa com o Lucas, tentando fazê-lo entender que o pai provavelmente não voltaria. Mas, como fazer uma criança entender que o pai não vai voltar?

       Tão triste quanto isso era ver, na cabeceira de sua cama, no hospital, a passagem para a viagem com que você tanto sonhou, marcada para aquela mesma semana.

       Mas você voltou. Contra todas as expectativas mais sombrias, você voltou. E plantou árvores e flores. E começou a estudar de novo, acreditando que ainda poderia realizar seu sonho de concluir um curso superior.

       Às vezes, rimos quando os médicos não entendem como você, com exames tão ruins ( como por exemplo uma creatinina em um nível em que muitos já fazem hemodiálise), diz que se sente bem. E que quer comer pão com mortadela .

       Entre uma trombose e outra, uma febre e outra, consegue fazer planos, blogs, vestibulares... Às vezes, até para mim é difícil entender como você consegue abstrair da situação, e sonhar.

       Optamos por viver um dia de cada vez. Às vezes rimos da situação, fazemos brincadeiras. Mas choramos muito. Choramos juntos, choramos sozinhos, choramos escondido. Porém, apesar de todas as renúncias e dificuldades, temos que limpar as lágrimas e continuar a luta, tentando fazer a vida de nossos filhos a mais normal possível.

       O certo é que todo esse sofrimento nos fez ser pessoas melhores. Talvez, sem ele, nossas vidas teriam tomado rumos diferentes. O sofrimento nos obriga a buscar algo maior em que acreditar, tentando aceitar que para tudo existe um propósito. A convivência freqüente, em hospitais, com pessoas que passam por sofrimentos ainda maiores – inclusive crianças - nos faz ver que ainda temos sorte. A solidariedade dos verdadeiros amigos nos mostra que ainda vale a pena acreditar no mundo e nas pessoas.

       Que venha o que tiver que vir, Gil. Estaremos juntos.

       Um beijo.

       Elzi


Abraços a todos e sejam felizes!

Gilberto



quarta-feira, 9 de março de 2011

BENDITO CANCER QUE ME ACOMPANHA




PARTE I


Calma! Eu explico.

Sempre fui feliz. Muito feliz. Eu não sou daqueles que dizem: “eu era feliz e não sabia”. Eu não; eu sabia que era feliz e tinha consciência dessa alegria. Apesar de pobre, tive uma infância maravilhosa e vivi uma adolescência contagiante. Aos sons das discotecas me divertia nos embalos de sábado à noite, e já na fase adulta obtive razoável sucesso profissional, ainda que não possuísse formação Acadêmica.

Atualmente sou mais feliz que antes, porque hoje tenho um pouquinho mais de compreensão das coisas da vida. Hoje eu tenho noção do que seja o caminho que o Evangelho prega. Se ando nele ou não, vai depender só do meu arbítrio.

Tenho certeza de que muitos dos que estão lendo podem estar pensando: grande coisa, saber o que é certo e errado eu também sei, difícil é andar no caminho certo. Eu também pensava assim. Entretanto, depois de superar e ainda enfrentar alguns obstáculos na vida, eu passei a ter uma visão mais cristalina dos caminhos e dos valores do nosso mundo.

As enfermidades deram início a essa  mudança de visão. Tudo começou com o tal razoável sucesso profissional: Muitas farras, churrascos e tira gosto com pimenta e muito sal. Claro que tudo isso regado a muita cerveja. Como a pressão arterial tem um comportamento silencioso, ela se portou da mesma maneira comigo. Não me avisou em nenhum momento sua pré-disposição em subir.

Além disso, acho que meu organismo tinha uma tendência a problemas renais. A partir daí, meus problemas de saúde se inciaram. A pressão alta atacava os rins e os rins, por sua vez, faziam a pressão subir, porque estes estavam trabalhando sob pressão. Só a partir dessa época é que comecei a tratar o problema da hipertensão. Controlei a pressão com medicamentos, mas não deu para salvar os rins. Resultado: dois anos de hemodiálise.

Antes da hemodiálise, foi indicada, como última esperança para salvar meus rins, uma dosagem mais elevada de corticóides. Porém, não adiantou. Por causa dessa dose cavalar de corticóides, desenvolveu-se em minha perna esquerda uma necrose (desgaste) na cabeça do fêmur. Este é o motivo da minha manqueira. Gostaria de deixar claro que este diagnóstico foi feito por outro médico no início do meu tratamento. Depois deste episódio, na parte da Nefrologia, estou sendo muito bem atendido pelo Dr João Batista Moreira e sua equipe. Ele, além de médico,  é  Anjo da Guarda. Quanto ao antigo médico, nunca tive nenhum tipo de ressentimento ou mágoa. Acho que ele não teve culpa.

Depois da hemodiálise e após exaustivos exames de compatibilidade, graças à generosidade do meu irmão Gerson, fiz um transplante renal que está durando  mais de dez anos. Para que se mantenha o transplante no dia a dia, é necessário que o transplantado tome drogas contra rejeição. Isto faz com que o organismo diminua sua proteção contra os agentes externos, tornando-o  mais susceptível a doenças e infecções. Assim, aconteceu comigo também. Instalou-se em mim um tal Carcinoma de células claras de rim, diagnosticado inicialmente em 2005. Meu rim direito foi extraído e fiquei bem por algum tempo.

Porém, o câncer voltou em 2008. Fui então orientado a procurar um Oncologista para orientações. Divinópolis era o centro oncológico mais indicado, porque quando fosse a época das quimioterapias eu estaria mais perto de casa. Mas as coisas não aconteceram bem assim. Foi num consultório frio, com um barulho irritante de uma marreta que quebrava paredes em construção ao lado, que eu ouvi sozinho as explicações da médica tentando ser doce e sutil. Resumindo, ela me disse que eu portava um tipo de câncer contra o qual  infelizmente os tratamentos de quimioterapia e radioterapia não eram eficazes, ou seja os tratamentos tradicionais não adiantavam para este tipo de câncer. Até nesta data não existe tratamento para essa casta.

Como ela foi muito cuidadosa comigo, aceitei o problema e saí de lá bem equilibrado. Entretanto, confesso que ao entrar no meu carro e dar a notícia à minha esposa pelo telefone, eu desabei em choro. Dentro de alguns minutos enxuguei as lágrimas, mas continuei chateado. Hoje em dia, lido com isso sem problemas, pois tenho muito apoio da família, amigos e da querida Dra. Letícia, que juntamente com sua equipe (hospital Felício Rocho) cuida para que eu tenha uma melhor qualidade de vida. Claro que tem aqueles dias em que a gente “amarra uns bodes”, mas acho isso normal, acontece com todo mundo. Agora, depressão não, tô fora. Não tenho nenhuma inclinação e nem motivo pra ficar de ovo virado um, dois, sabe lá quantos dias.

Depois de um tempo me consultando em Divinópolis, fui em Barretos várias vezes, em  jornadas extremamente cansativas, buscando uma solução que não veio. Voltei para Belo Horizonte, fiz mais cirurgias, marcaram outras tantas que não puderam se realizar. Receitaram-me um medicamento que custa mais de R$ 20.000,00. Entrei na Justiça, consegui o tratamento. Porém, os efeitos colaterais foram muito graves e os médicos tiveram que suspender a medicação.

Por outro lado,  o problema do desgaste no fêmur me impede de exercícios com as pernas. Até o ato de simplesmente caminhar é problemático pra mim. Ademais, quem tem problemas de câncer, tem uma tendência a ter incidências vasculares. E para completar, pequenas arritmias cardíacas ajudam a provocar quadros de Trombose. Como possuo todas estas três características, já sofri cinco. Acho que sou recordista neste quesito.

Não vou me estender relatando  cirurgias a que  me submeti (todas com anestesia geral), bem como complicações pós cirúrgicas. Nem mesmo sobre a Dengue , em março de 2010, que fez meu corpo virar um molambo e, nos poucos momentos de lucidez, sentir a mais profunda fragilidade que um ser humano pode sentir. Vegetei por alguns dias no hospital.

Depois da dengue, tive mais duas tromboses. Minha última internação foi no final de fevereiro passado. Ainda estou com a perna muito, muito inchada e as dores são difíceis de suportar.

Há, segundo os médicos, metástases no pulmão e vários nódulos. Mas estou relativamente bem, na maior parte do tempo.
Caros seguidores, relatei o que se passa comigo por vários motivos: Primeiro porque gosto de falar pra todo mundo o que está acontecendo comigo. Desde o início, sempre falei tudo que me acontece, quando  tenho oportunidade. Agora, registrando aqui, mais pessoas saberão. Isto é ótimo, pois é mais oração pra mim. Segundo, acho que esta leitura pode ajudar alguém de alguma forma. Terceiro, era necessário fazer uma descrição desse período, para dar lastro ao restante do texto.

Meus amigos, apesar de ter tentado ao máximo reduzir a história, o texto está ficando longo e fiquei cansado. Vou ter que explicar minha boa relação com as enfermidades na próxima postagem.

Abraços a todos,

Gilberto Lobato

Ps. Este Blog continua sendo focado em fotografia. Em breve retornaremos com material novo e atualizado.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

RECESSO FORÇADO

Venho agradecer as visitas que abastecem o numerador de acessos deste blog. Mesmo passando tanto tempo sem registrar nenhum tipo de informação, a galera está sempre conferindo as novidades. Acontece, caros amigos, é que mais uma vez me encontro convalescendo de outra trombose. Infelizmente o repouso é obrigatório. Nem sentado posso ficar.
Dessa forma, só me resta pedir mais um pouco de paciência para podermos realmente começar o ano com novas postagens.

Abraço a todos,

Gilberto

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

REVEILLON E AS SACOLINHAS PLÁSTICAS


Hoje, 1º dia do ano, me atrevo a sair um pouco do assunto-guia deste blog para  convidá-los a assumir  um  compromisso, digamos, ecologicamente correto. 

O tema fotografia sempre foi  a proposta central do blog. Porém, hoje fujo deste tema  para aproveitar a data em que as pessoas costumam  fazer aquelas  "promessas" de mudanças para o ano seguinte, e expor esta idéia. Assim, pego carona  nesses chek-ups de consciência,  para   propor a todos a assumirem uma postura dessa conscientização  na linha ecológica, elegendo um objetivo  a ser buscado  em 2011. E este, eu espero que seja  incluído na lista das coisas inadiáveis que, suponho, deve ter sido feita pela maioria  na noite do dia 31.

Tentar ser uma pessoa mais calma, aproveitar mais a vida, ser mais tolerante com o próximo ou até
mesmo enfrentar aquela dieta imprescindível, são desejos que permeiam as últimas horas do ano de muita gente. Interessante notar que sempre temos a certeza de que tudo que foi prometido será plenamente concretizado no ano vindouro. Eu torço pelo sucesso de cada um.

Nosso planeta pede socorro diariamente e suas cobranças têm saído muito caro. É muito importante estabelecer um elo de amizade com a natureza. Criticar  a falta de compromisso das grandes potências, que são os maiores responsáveis pelo envenamento do Globo, não deve ser justificativa  para cruzarmos nossos  braços.

Já faz algum tempo que abracei a idéia do não uso das sacolinhas plásticas. Para os despercebidos chamo a atenção para um contador de não uso de sacolinhas que mantenho no corpo deste blog.

Aboli o uso das famosas sacolinhas de supermercado e tento conscientizar os que  vivem ao meu redor sobre a importância disso. Desta forma tento demonstrar à natureza um pouquinho de respeito pelo que ela me proporciona, ou seja,  procuro direcionar meus atos no combate  ao descarte irresponsável do plástico. Admito tratar-se de uma medida simples, mas se muitos fizerem um pouco, o pouco se tornará muito, os objetivos serão alcançados e o meio ambiente agradecerá.

Em nossa casa, também fazemos o possível para separar o lixo orgânico do lixo seco. Instalei também um coletor de água da chuva, usando-a para aguar as plantas. Nosso projeto (principalmente da Elzi) é construir um sistema de compostagem de lixo. Em outra oportunidade, falaremos mais sobre isso.

 
Convido-os a acolher com carinho esta proposta. Que neste ano, seja tomada alguma atitude no sentido de aliviar as agressões à natureza. É preciso se propor a  fazer alguma coisa, grande ou pequena. Todos nós somos diretamente responsáveis pela qualidade de vida que deixaremos para nossos filhos.

Entendo que a data em questão é muito pertinente para pedir a todos que olhem para os diversos tipos de ecossistemas  com uma dose de preocupação.

O link abaixo trás uma boa notícia sobre  a proibição das sacolinhas. Tomara que a Lei e a moda pegue em todo Brasil.

http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2010/12/30/interna_gerais,200801/uso-de-sacola-plastica-fica-proibido-em-bh-a-partir-de-fevereiro.shtml

Um abraço a todos.

Gilberto
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